quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"Os Mercenários", 2010, Sylvester Stallone


Stallone, Stallone....tsc, tsc, tsc. [Leia-se: tisque, tisque, tisque.]

Ao assistir “Rocky, o lutador” (1976) pela 11ª vez, fica cada vez mais nítido que a academia premiou um filme nada mais, nada menos que entusiasta. Uma inteligente sacada mesclou os gêneros drama e ação à uma questão psicológica e social – sobre ‘lutar’ e um personagem defensor dos valores norte-americanos – justamente numa época onde os EUA estavam abalados politicamente.

Um filme correto e realizado na hora certa. Nada além disso.

Por mais simples e ordinário que possa ter sido, Rocky Balboa emplacou e firmou-se na cabeça de milhões de fãs (vide os números da época – arrecadação R$120 milhões de dólares). Ali nascia uma centelha de que este tal de Sylvester Stallone vinha para ficar e fazer filmes tão ‘bons’ quanto este.

Trinta anos se passaram e absolutamente nada parecido com "Rocky" foi realizado. Certamente Sly não demonstrou muita preocupação perante tal quadro – uma pena. Não se trata de uma questão de ingenuidade, mas sempre se espera o melhor, não? Mesmo sendo totalmente ‘money-oriented’, assim como J. Cameron como seu feérico ‘Avatar’, Stallone parece ter emburrado gradativamente ao longo destes anos, e não conseguiu nada além de bobagens - vide sua extensa filmografia e seu último ‘hit’ – “Os Mercenários” - 'pure crap'.

Os Mercenários”, portanto, se trata da síntese da imbecilidade. São clichês dos mais pavorosos emaranhados num roteiro escrito por um adolescente aficionado.

Barney Ross (S. Stallone), é líder de um grupo de mercenários contratados para executar missões impossíveis, encobertas e clandestinas. Surge uma nova missão – combater um ditador numa ilha remota da América latina, algo involvendo a CIA, traidores, drogas e dinheiro.

Quando chegam lá, se deparam com uma senhorita ‘in distress’, Gisele Itié, que seria tão somente a filha do ditador em questão e contrária à postura de seu progenitor. [U-A-U!!]

Depois de concluída, a missão toma outras proporções, devido a um insight que Barney tem ao topar com a intrepidez da personagem de Giselle Itie. O filme, então, assume a idéia de que ninguém é 'descartável', e de que cada homem é capaz de fazer ‘a diferença’. Sim, um melodrama ‘mexicano’ e risível reina até o final entre detonações, disparos e explosões.

Estabelecida a qualidade do roteiro, a integridade das atuações aparecem: sofríveis e que chegam a causar vergonha alheia. Eric Roberts, que vive o traidor da CIA, aliado do ditador, é o único que sustenta uma atuação crível e condizente com o clima do filme. As aparições de Schwarzenneger e Bruce Willis, completamente desnecessárias, só salientam o quão desconectado e sem fundamento um roteiro pode ser. Mesmo sendo sensacional conferir Sly e Schwarzie num mesmo plano, tudo não passa do débil.

O bonus da fama, talvez, seja este – Mesmo sendo uma merda, as pessoas se dirigem ao cinema para conferir.

O ônus? Bem..........................................................................................................................................


A dica jamais ficaria.

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