domingo, 24 de janeiro de 2010

"Avatar" 2009 - James Cameron

Mesmo tendo uma história ‘batidésima

– herói humano se disfarça de alien para se infiltrar e acaba se apaixonando por uma 'inimiga alienígena' –

Avatar” não é se trata de um roteiro inédito e espetacular, e nem foi, talvez, a intenção.


James Cameron inaugura a magia dos efeitos especiais em 3-D, do envolver-se numa história rica em detalhes e cores, num vívido espaço repleto de ação, emoção e suspense. São seres encantados, animais alados, arvores mágicas e tudo aquilo que compõe uma fantasia, um conto digno de encantar platéias, acreditem, qualquer platéia.

Imaginem, “O Senhor dos Anéis”, ou “Guerra nas Estrelas” em 3-D?

Enfim, imperdível! Uma experiência só vista em atrações da Disney.

James Cameron com certeza promoverá, através de “Avatar”, uma força, um novo paradigma, uma forma de se fazer cinema, já conhecida, mas com recursos mais que aprimorados, perfeitos e que compõem uma Aventura dantesca, apolinea e prodigiosa.

Cameron já é o responsável pela maior bilheteria do mundo – ‘Titanic’ em 1998 com um roteirozinho chinfrim. Dentro da lista das maiores bilheterias corrigidas para os dias de hoje, perderia, para “E o Vento Levou”, “ET”, “A Branca de Neve” e “Guerra das Estrelas”.

Com certeza irá, com ‘Avatar’, 'angariar' uma posição privilegiada.

Fica registrado o pedido por um roteiro tão brilhante quanto o resto... E personagens menos caricatos e clichês.

Agora só falta os cinemas emitirem um odor de acordo com a cena dos filmes...

Fica a dica.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"Abraços partidos" 2009, Almodovar


Díficil avaliação.

Estilo único, absoluto e incomparável.

Talvez um feitio que se repete, e que gere nos mais críticos certo enjôo.

Porém, não deixa de ser instigante. Algo próprio aos filmes de Almodovar.

Para quem admira, mais um deleite.

Através de um enredo excitante e atual, vidas que se embolam e se cruzam, Alomodovar traz uma Penélope Cruz deslumbrante.

Abraços partidos” conta a história de Mateo Blanco, diretor de cinema, que, ao se deparar com uma figura que o remete ao passado, decide por em prática algo similar com uma vingança. Ao relembrar os fatos, ressurgem sentimentos ocultos e inesperados. A partir desta recordação, nasce uma tórrida história de amor entre uma atriz e seu diretor, o produtor (marido da atriz e vilão da história), seu filho - algoz e gatilho do filme, e enfim, o trágico fim dos dois amantes.

Elementos escondidos perpassam a história e vemos Mateo se envolver de tal maneira a ponto de honrar seu trabalho - dando fim a uma história que se arrasta e que nunca chega ao fim.

Um filme com 'F' maiúsculo dirigido com riqueza de detalhes - belos de se ver, sentir e se comover. Além de conter alusões à outros filmes de Almodóvar, “Abraços partidos” se trata de uma mirabolante história, ou duas, ou três que se cruzam pelo destino e que tomam rumos a partir da maneira como os personagens ‘abraçam’ cada amor, cada paixão, cada verdade e cada virada. Não é sobre o que se faz com a vida, com o que se tem, e sim sobre aquilo que é possível fazer com ela à partir das possibilidades que se abrem e surgem diante de nós inesperadamente.

Almodovar...

Um ótimo programa! Um alvoroço e graciosidade.

Fica a dica.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Hiperativo" de Paulo Gustavo


Gargalhadas à mil, piadas fresquinhas e um timing perfeito.

O 'stand-up' de fato.

Sabe aquele parente que quase todo mundo tem que conta as mesmas histórias há anos, que todo mundo tá cansado de escutar?

Aquelas histórias que mesmo repetidas continuam engraçadas pois contadas por ele sempre tem graça? É isso -->> Histórias inusitadas e situações cômicas contadas numa sequência de tirar o fôlego. Momentos e histórias as quais todo mundo passa como a história da sua tia que foi a Disney e pagou aquele mico, etc, etc...

Sim? Pois bem, para morrer de rir. Houve até alguns momentos em que tentando segurar o riso, não querendo assumi-lo, seja lá por que motivo fosse, ele vinha, rompia o ar e se rasgava.

Esse Paulo Gustavo, hilário, de chorar de rir...

Acho que o intuito é esse. Que bom! Teatro cheio, gente alegre e a casa encharcada de sorrisos e graça.

Temos no Leblon uma casa, nesta temporada, ideal para esquecer os problemas, as disputas e as tristezas.

Porém, uma apresentação curta demais! .......................................snif, snif..... Deixando todos com água no boca e querendo mais.

O monólogo de Paulo Gustavo poderia ser feito num lugar mais aconchegante como num piano bar, com musiquinha, salgadinho, petisquinho e choppinho....

Talvez, seria um maneira de não sentir o tempo passar tão rápido.

Mas, o homem é bom no que faz. E o que ele faz é difícil de se fazer - que seja dito.

Que bom que nos o temos, e que bom que, nestes tempos, ele nos tem!!

A 'diquinha' fica. E fica uma coisa que pensei cá com meus 'buttons'...

"A modéstia está para a virtude como o véu para a beleza"

Philip Dormer Stanhope, 4th Earl of Chesterfield.