domingo, 7 de março de 2010

"The Blind Side", 2010, John Lee Hancock


“The Blind Side” é baseado na trajetória do jogador de futebol americano Michael Oher.

'Big Mike' (Quinton Aaron) como Michael é conhecido, vem de uma origem muito pobre, não tem onde morar, sua mãe é viciada e tudo indica que sua vida caminha para as páginas policiais do jornal. Eis que um dia é visto jogando basquete por um técnico de futebol (sim!), que fica muito entusiasmado com o que vê, e consegue uma bolsa para que ele estude numa escola da classe alta, para que possa desenvolver seu potencial e futuras habilidades. Logo que entra na escola conhece Leigh Tuoy (Sandra Bullock) que se comove com sua história e resolve abrigá-lo em sua casa por um tempo. Rapidamente a família de Leigh simpatiza com o garoto e assim, surpreendentemente, resolvem se tornar os responsáveis legais do garoto. Assim, já integrado, Big Mike ganha até uma tutora particular (Kathy Bates) que o ajuda a obter boas notas e assim entrar para uma boa faculdade e se tornar um jogador pela mesma.

The Blind Side” tem um início promissor, mas, aos poucos, e infelizmente, vai se perdendo como a grande maioria dos filmes ‘B” americanos. Não há, em momento algum, certa atitude de cuidado ou perigo em relação à integração de Big Mike – a família simplesmente o aceita como se fosse a coisa mais natural a se fazer. Não se preocupam em investigar o ‘background’ de ‘Big Mike’ e tudo, claro, corre formidavelmente. Neste sentido, por mais que seja verdade, o filme perde dramaticidade, e acaba se tornando um filme boboca, sessão da tarde, quase um filme da Disney. Repleto de clichês, cenas ruins, situações falsas e péssimos atores, “The Blind Side” se torna um filme cansativo de se assistir. Não há conflito, drama ou superação.

Sandra Bullock também não sai de um lugar confortável – sua indicação é valida, mas sua premiação não seria.

Não há sentido na presença de Kathy Bates no filme, e diga-se de passagem, a atuação de Quinton Aaron é sofrível – chega a dar pena dos produtores e o diretor do filme que com certeza perceberam a péssima escalação que fizeram. O menino destrói as melhores cenas. Em compensação, o ator que faz o filho pequeno de Sandra Bullock, Jae Head, mesmo sendo 'careteiro', é extremamente espirituoso e divertido. Ela mesma, como sempre, garante boas risadas e um humor 'Bullock' sempre bem-vindo.

Não é um bom filme.

A única coisa, sim, vou chamar de coisa, que pode ser chamada de cinema, e assim, pode ser delicada é o último plano com Sandra Bullock, ela de olhos fechados.

A dica não ficou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário