sábado, 27 de fevereiro de 2010

"500 dias com ela", 2009, Marc Webb


Um gesto e o amor.

Tom (Joseph Gordon-Levitt), um escritor de cartões, daqueles que damos a quem amamos aos 13 anos de idade, é um eterno apaixonado. Acredita no amor, no relacionamento, no ‘ser felizes para sempre’. Summer (Zooey Deschanel), ao contrário, desafia o amor. Alega não acreditar nesta ‘coisa’, e não se vê namorada, casada e afins. “500 dias com ela” então é, como afirma o narrador – “Não é uma história de amor”. Aliás, não é um filme sobre uma história de amor específica, mas é sim, sobre a ‘coisa’, o amor.

Com uma uma edição esperta e criativa, o diretor, estreante em longas, Marc Webb conta a história de Tom e Summer, uma que não dá muito certo, sem ordem cronológica e enumerando os dias de trás para frente e vice-versa, contados a partir do dia 1 até o dia 500, claro. Diferente e divertido!

Enquanto saem, Tom procura ser o melhor namorado possível, tentando tirar de Summer algum ou qualquer sentimento. Até que...

Bem, só assistindo o filme...

A idéia que fica é uma interessante – Seja o mais verdadeiro possível, viva esse amor enquanto ele pulsa dentro de você, seja FIEL a ele, e mesmo que ele não dê certo, pois é mais provável que não dê, ao menos você o viveu, riu e chorou, caiu e levantou, sacudiu a poeira e está mais forte e esperto para o próximo. A pessoa que não te quis, ao menos terá, eternamente, um carinho especial por você, e como tudo muda, e o mundo dá voltas, por que não poderia olhar para trás, voltar atrás e.........................................................................................

Algumas pessoas têm a idéia fixa que a rejeição é terrível e que dela só se tira quem está por cima ou por baixo. Não. Como visto no filme, o encontro de duas pessoas, sendo cósmico ou uma coincidência, depende do momento de vida de cada um, de uma série de fatores, e cabe, somente a eles, saber administrar os ganhos e as perdas.

Num dia uma coisa, noutro outra coisa.

Com um gesto se vê o amor. Para os fracos e os fortes. Basta querer ver. Tom quis ver até se esgotar.... e você?

Um filme bem contemporâneo.

2 coisas bem interessantes - a trilha muito bem escolhida, e uma sequência onde há um 'split-screen' dando ao espectador uma cena do filme segundo as expectativas de Tom de um lado, e uma onde a realidade acontece. Muito bem bolado!

Fica a dica.

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