segunda-feira, 15 de março de 2010

“Simplesmente complicado”, 2010, Nancy Meyers



Como o título indica, o filme estrelado por Meryl Streep, Steve Martin e Alec Baldwin, traz um roteiro diferente, engraçado e que procura sair do óbvio - põe questões sobre casamento, divórcio, sexo, 'affairs', filhos e enfim a vida que acontece ‘around’ os 50 anos de idade.

Jake (Alec Baldwin) foi casado com Jane (Meryl Streep) durante vinte anos, e agora é casado há dez com uma moça 20 anos mais nova, já com um filho pequeno. Vive uma vida aparentemente tranqüila mas dentro de casa o fedelho rouba as atenções e transforma a rotina da casa num pandemônio. Jane permaneceu solteira nos últimos anos e se vê, ultimamente, um pouco sozinha – seus filhos crescidos saíram de casa, sua loja de doces vai muito bem e não precisa tanto de sua atenção e não houve nenhum tipo de ‘approach’em relação à assuntos, digamos, sexuais. Ela se vê então aberta a ter algo diferente na sua vida ‘paradinha’. Assim, o destino coloca ambos de frente para o outro mais uma vez, e acontece o improvável – Os dois transam e passam a ter um ‘affair’. Jake percebe que era exatamente uma mulher como Jane que ele estava precisando. Uma mais madura, vivida e etc. Tudo indica que seu ‘amor’ pela jovem esposa atual foi por água à baixo.

Ou seja, a ex-esposa, se torna agora a amante.

Esta situação acaba por causar, em ambos, uma série de sentimentos e pensamentos sobre si e sobre como se tratavam enquanto eram casados. Tanto ele quanto ela são pegos de surpresa por uma libido revitalizada e uma vontade de estar juntos inédita – Jake não agüenta mais a mulher chata que arrumou e o filho pentelho e barulhento.

E Jane – tudo indica que ela sente falta de um ‘maridão’ dentro de casa....

Mas o destino age mais uma vez e coloca Adam (Steve Martin) como seu arquiteto. Aos poucos ela se vê encantada por ele, e por poder ser livre e poder ‘ficar’, ‘namorar’ e viver um romance com alguém, algo aparentemente juvenil, mas que brilha aos seus olhos. A vida casada, com o ex-marido, não parece reluzir tanto quanto a nova empreitada.

Sem momentos hilários, mas com vários engraçadinhos, e com um roteiro amarrado, os três atores se esbaldam em cenas corriqueiras e outras inusitadas e vivem cinqüentões com questões existenciais, de maneira muito bem-humorada.

A diretora e roteirista de "O amor não tira férias" e "Alguem tem que ceder" traz um roteiro divertido e inteligente, que sai da mesmice das comédias românticas, e circula em questões mais complexas trazendo a experiência dos personagens mais próximas as de quem assiste. Um filme que tem um final ordinário, assim como a vida é. Um belo programa para uma tarde chuvosa, nada mais.

Fica a dica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário