“Coração Louco” permite Jeff Bidges 'botar para fora' uma excelente atuação, mas sem grandes emoções. Conta a história do cantor de country Bad Blake, que aos 60 anos de idade, já cansado das turnês e desgostoso com a vida itinerante, continua de bar em bar ‘alegrando’ a vida de moradores das pequenas cidades dos estados de Arizona, Texas, Colorado e afins. Bad, em uma de suas paradas, conhece Jeannie (Maggie Gyllenhall), mãe solteira, jornalista que propõe fazer um artigo sobre o mesmo. Encantado com a mesma, Bad se vê diante de um motivo especial para continuar com sua cantoria, e assim, entrevista vai, passeio vem, os dois acabam se apaixonando. Bad, é alcoólatra e um pesado tabagista, e aos poucos, Jeannie começa a ver estes ‘detalhes’ como fatores preocupantes. Um dia, Bad, já meio alcoolizado, perde o filho pequeno de Jeannie num shopping, provocando então uma preocupação e ira descomunal na moça, onde tal não vê outra saída se não cortar relações com um homem que, segundo ela, está nítidamente querendo dar fim a sua vida.
Um parêntese: Bad não teve culpa nenhuma no sumiço do filho de Jeannie - algo que pode acontecer com qualquer um - a atitude dela é inteiramente desmesurada – uma situação que poderia ter sido explorada dando enfoque ao descaso e desleixo do personagem de Jeff Bridges, e não à reação exagerada de Maggie Gyllenhall, onde sobressai a dificuldade que a personagem dela tem para lidar com homens em geral e alguns como Bad. Isto posto, esta separação dos dois fica meio solta, meio exagerada, mal argumentada e explicada, uma pena...
Bad, assim, descobre que não foi uma decisão tão má, mas ao mesmo tempo se vê como um artista ultrapassado. Após um acidente de carro, vômitos e muitas sensações de mal-estar, ao se ver derrotado pela vida e o abuso de álcool e cigarro, Bad decide partir para uma clínica de reabilitação, e assim, consegue se livrar de ambos. Sua carreira, então, deixa uma pseudo-decadência e começa a melhorar.
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