“Guerra ao Terror” de Kathryn Bigelow e escrito por Mark Boal traz um retrato mais que fiel dos acontecimentos e desastres que se deram no Iraque, os ‘bastidores’ e outras facetas de uma Guerra permeada de incertezas, injustiças e informações veladas. Opiniões políticas à parte, Kathryn Bigelow concluiu uma obra de ficção sob uma ótica quase documental extremamente apurada, que denuncia o inferno vivido tanto pelos soldados americanos quanto pelos muçulmanos e que discute justamente a estratégia global de combate ao terrorismo encaminhada pelo ex-presidente George Bush.
Com uma câmera na mão, trêmula e que abusa e usa de ‘zooms’, ângulos e enquadramentos improvisados, Kathryn traduz um clima realista e ao mesmo tempo tenso, agitado e caótico. Um filme meticulosamente invasivo e bem dirigido.
William James (Jeremy Renner) e JT Sanborn (Anthony Mackie) são sargentos do exercito americano e cabe a eles a tarefa de desarmar bombas, homens-bomba e qualquer outra espécie de explosivo - traduzem o inferno que se passa no Oriente Médio sob o ponto de vista dos milicos americanos. Ambos os atores cumprem os papéis extraordinariamente e presenteiam a platéia com as angústias, pavores, a adrenalina, o vazio e as duas mais latentes idéias: a sensação de fragilidade e dispensabilidade - a possibilidade de que a qualquer minuto sua cabeça pode voar pelos ares e ninguém “gives a shit!”. Atores preparadíssimos...
Mesmo sendo massante, repetitivo, e até tedioso em alguns momentos “Guerra ao terror” possui altos momentos de suspense, planos muito bem pensados, e um texto pra lá de bem escrito!
Fica a dica. (Para quem se interessa pelo tema, caso contrário...)
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