quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"A Rede Social", 2011, David Fincher




David Fincher é conhecido por realizar filmes de suspense.

Dentre eles Se7en - Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta, Zodiac e outros.

Em A Rede Social, esse estilo abriu caminho para algo mais ordinário e sem grandes surpresas. Afinal, a vida de Mark Zuckerberg e seu facebook não é algo fenomenal a ser contado, a não ser, é claro, pelo sucesso que fez, o qual - cá entre nós - é relativo: Just the right person, at the right time, with the right idea...

Portanto, não causa nenhum espanto questionar – por que será que esse filme ganhou o Globo de Ouro 2011...?

Claramente, não foi por sua qualidade como filme. Fiquemos com questões de jabá y otras cositas más...


Este blog entende que são quatro os elementos que fazem um filme ser considerado 'BOM'.

Em ordem de importância:

4. Atuações – A capacidade de compreensão dos atores sobre a história, além da habilidade de convencer plateias de que aquilo não é uma encenação (o que os mais alternativos chamam de “a magia” do cinema...).

3. Proposta - A que se propôs o filme? Cumpriu com aquilo que dizia a sinopse? (Não querendo diminuir David Lynch), mas é minimamente inteligível...?

2. Forma – Fotografia, direção e montagem são criativas, autorais e, enfim, pensadas? O idealizador ousou explorar o instrumento cinematográfico como um todo?

1.Mensagem – O filme passa um recado que permite alguma reflexão ?

No que diz respeito à história de Zuckerberg, os itens 3 e 4 podem ser contabilizados. E contabilizados com "C" maiúsculo - qualquer pessoa fica por dentro da turbulenta biografia do rapaz e assiste àquela “turminha” de jovens atores representar de forma mais que satisfatória.

Já os itens 1 e 2 foram ignorados.

Somada a isso, a direção de Fincher, mesmo sendo medíocre, tem um grande mérito: um filme que poderia ser sacal tem uma agilidade incrível e passa num piscar de olhos – mérito também da montagem, é claro. Ou seja, um agradável filme, ótimo para passar o tempo – ao estilo “Sessão da Tarde”.

E nada mais.

Basta apenas ser comentado a atuação de Jesse Eisenberg, ator responsável por encanar Zuckerberg – o rapaz exibiu muita segurança e equilíbrio. Criou um Zuckerberg nerd, mala, sagaz, sonso e muito mocker... Vale a pena conferir. (Não merece Oscar por nada na vida, mas tem seu valor.)

Por fim, resta dizer que a nomeação de A Rede Social causa estranheza.

É um filme como outro qualquer, que não inova como roteiro nem como linguagem.

Cisne Negro dá um banho, diga-se de passagem.


A dica fica, para aqueles que, tranquilamente, esperam um mínimo, assim como essa crítica miudinha...

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