Seu filho tem dificuldades de aprendizagem e necessita de uma escola especial.
Seu emprego "foi pro saco".
O que fazer???
'Sunshine Cleaning' LTDA, "claro".
Rose (Amy Adams), desesperada com tal situação, decide com a irmã, Norah (Emily Blunt), iniciar um novo negócio, digamos, insólito - higienização de locais onde ocorreram crimes.
Sim! O lado que o CSI não mostra!
A solução para todos os problemas... Será?
"Sunshine Cleaning" caminha na mesma onda que "Little Miss Sunshine"(2007).
Um filme sobre uma classe média que não 'deu certo' - seus dramas, receios e um sentimento de constante luta e devir. A relação das duas irmãs é posta à prova assim como o que ambas fizeram com suas vidas - adultas e sem dinheiro, profissão, nada de garantido ou seguro. Um filme que fala sobre desilusão e esperança.
O excelente Alan Arkin faz o pai, Joe: um homem que criou ambas sozinho mas que nunca conseguiu emplacar um negócio - um eterno frustrado.
O filme não possui um turning point claro, muito menos algo estrondoso - tem 1h30 de duração e se mantém flat com certa tranquilidade. Tem nas relações ali expostas apenas uma mensagem, ou uma moral:
Desistir para quê? Ou para quem? Quando é que paramos de lutar, mesmo?
Modesto, simples e com humor negro preciso e na medida certa, "Sunshine Cleaning" é um programa light, divertido e um passatempo agradável.
Emily Blunt & Amy Adams formam um dupla ultraentrosada e engraçada. Além de serem ótimas atrizes - dois nomes que ainda vão causar estardalhaço em Hollywood.
Megan Holley, a roteirista, chegou a conhecer duas mulheres que realizavam esse trabalho, algo que a tocou profundamente:
"Ela sentiam-se genuinamente honradas em poder 'ajudar'. Elas tinham uma atitude revigorante. Uma delas chamava o emprego de 'feel good' porque percebia que estavam 'ali' num momento sui generis e de extrema vulnerabilidade. Foi isso que me paralisou e me convenceu de que eu deveria criar uma história ao redor disso. Escrevo aquilo que me toca."
Fica dica!!
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