Definitivamente o cinema brasileiro decolou. Lope de Vega é conhecido como o fundador da comédia teatral espanhola. O filme narra sua trajetória de soldado do exército a autor, além de exibir seu "talento" com as mulheres e uma época paternalista, hipócrita e tradicional do império espanhol. Lope colheu na corte e na burguesia espanhola a inspiração para suas famosas peças recheadas de críticas, sátiras e escândalos conjugais.
Tanto fez, que em dado momento foi preso por difamação e por zombar da honra de famílias tradicionais. Felix Lope de Vega, assim como seu contemporâneo W. Shakespeare, escreveu milhares de peças e marcou uma época.
Mesmo sendo arrastadinho, "Lope" é um filme comovente sobre amores, sonhos e garra. A começar pela fotografia assinada pelo brasileiro Ricardo della Rosa – deslumbrante, impactante e que fala por si só. Um filme bem amarrado e com belas performances - O elenco é de primeiro time: tanto os atores espanhóis, Alberto Ammann (Lope De Vega), Leonor Watling (Isabel) e Pilar López de Ayala (Elena) como Sonia Braga e Selton Mello executam seus papéis com verdade e serenidade.
“Lope” traduz com ricos detalhes sua história - uma produção chocante.
Andrucha Waddington cercou-se de profissionais excelentes, que - unidos junto ao seu talento notável - realizaram um épico de grande qualidade.
“Lope” é, sem mais explicações, um filme que não parece brasileiro.
Parabéns!
Fica dica!
Achei infeliz a declaração do autor da resenha dizendo que não parece um filme brasileiro.
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