"Entre caminhadas e estradas, uma jornada e suas 'paradas' que se dão as circunstancias - umas virgens, outras frágeis, umas duras e outras inesperadas. Por fim, os heróis encontram o caminho, a vereda, e ali apresentam seus anseios e temores".
[um poeta qualquer]
Assim é um 'Road-movie'.
Vide o expoente máximo do estilo “Easy Rider” de 1969, assim como “Thelma & Louise”, “Coração Selvagem” de D.Lynch e ‘Diário de Motocicleta’. Três filmes completamente diferentes mas com um clima, tempo e duração similares.
Charlie Braun e seu longa-metragem. "Além da estrada".
“Além da Estrada” é um pouco disso e um pouco daquilo. Narra a história de um rapaz e uma moça que se conhecem ao acaso. Expõe, aos poucos, como duas pessoas ‘perdidas’ podem se envolver tão bruscamente e depender uma da outra. Ao passo que vão se conhecendo, surgem questões pessoais jamais pensadas ou tocadas, intimidades e fragilidades. Além da viagem há outros obstáculos a serem contemplados e vencidos.
As vezes, o estranho, como diria Drummond, é um estranho ímpar, que busca seu ‘par’.
Um filme longo, vagaroso e que exige um olhar suscetível.
Um entorno, talvez, mais ressonante poderia concluir a fita com mais 'paixão'.
Charlie descobriu que desenvolver um longa metragem não é simples nem leve.
O fez com um pulso firme, bons olhos e notável sensibilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário