O que aconteceria a um homem comum se ele pudesse se apoderar de uma droga que estimulasse o funcionamento do cérebro? Um efeito que ampliasse drasticamente as funções ligadas a memória, raciocínio, tomada de decisão e aprendizagem...?
Eddie Morra (Bradley Cooper) busca um lugar ao sol em Nova Iorque como escritor. Após inumeros revezes e sem conseguir implacar um único sucesso, Eddie, se depara com uma proposta indecente – seu ex-cunhado aparece tendo consigo uma espécie de medicamento, chamada NRV, que tem como efeito principal potencializar as faculdades mentais. Um acelerador neural que garante um ‘boost’ significativo ao cérebro humano tornando, assim, qualquer um num gênio em menos de 1 minuto.
Muito tentador...
Um detalhe: Seu cunhado é mais tarde encontrado morto, seu apartamento revirado e as pílulas bem escondidas dentro de um forno. Mesmo fedendo a mutreta da pesada Eddie Morra resolve se apropriar, needless to say, indevidamente das pílulas mágicas.
Ignorando tal fato umbrático, Eddie segue em frente e se transforma num ás – torna um livro medíocre que escrevera num best-seller e passa a usar a droga com a finalidade de acertar algumas pontas-soltas até então irresolúveis. O NRV não só permite que ele aprenda línguas fluentemente em 2 dias, como torna cálculos financeiros dos mais cabeludos um passeio no parque.
Chega um momento em que Eddie passa a ficar abstinente da droga tanto sob aspecto físico como psicológico. Eddie tornou seu raciocínio dependente e percebeu que seus insights sensacionais são fruto exclusivo do NRV. Logo, sua audácia deixa-o na mão e medidas desesperadas passam a a tomar conta da vida de um homem que outrora vagava sem rumo pelas ruas de NYC.
No caso de Eddie Morra, toda sua vida estava dependendo daquela droga. Sem ela sua existência cessaria. E de certo modo, seja com cigarro, rivotril, viagra, prozac, cocaína, ecstasy ou álcool, todo homem tem em parte algum vínculo a alguma droga dessa.
Sem limites filme de Neil Burger (O Ilusionista) se trata de um thriller psicólogico inusitado.
A direção também é algo que merece distinção: Neil Burger trabalha a posição de câmera, as lentes e a fotografia dando a este filme de ação um caráter especial – algo que faz com que espectador embarque na loucura de Eddie Morra.
No que concerne perseguições e tiros – são costumeiras e nada de novo aparece. Neil tira nota para passar e fornece boas cenas de ação – com ritmo, boa edição e tensão em doses corretas. Tudo muito correto e ordinário...
Fica dica.
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