Com Scorcese é assim: filme novo = alvoroço geral.
Esse é a premissa vinculada ao diretor de “Os bons companheiros”, “A época da inocência” e “Cabo do Medo” filmes que trazem como foco principal personagens à margem da sociedade, ou que se vêem tolidos e expulsos dela e assim agem de maneira ilícita, perigosa e bizarra.
Em “A ilha do medo”, é a política manicomial e o tratamento dado às pessoas tidas como ‘loucas’ seu enfoque. Uma discussão ampla e que exige um olhar atento e reflexivo à como se configura e estabelece patologias mentais, sobre reais periculosidades e sobre os critérios que julgam quais transtornos devem ser mantidos isolados da sociedade. Filmes como “Bicho de sete cabeças’ de Laiz Bodansky e “Laranja Mecânica" de Kubrick, e “Ensaio sobre a cegueira” de Meirelles fazem parte do mesmo universo e permitem juntos um olhar desafiador sobre o tema. No que concerne sua filmografia, Scorcese, resolveu abordar um tema, sem o viés dramático, mas utilizando de suas capacidades de montar um thriller de suspense-psicológico, bem ao estilo Hitchcock. E o faz bem, como esperado. Deixa de lado a violência física, e volta-se para a violência ‘mental’ e um suspense metódico.
Filme OK, bem dirigido, bem 'feitinho' mas que pode ser aguardado calmamente nas locadoras.
A dica não fica.
Temos opiniões complementares sobre o filme... A minha está em: http://mendelski.blogspot.com/2010/03/ilha-do-medo-filme.html
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