Como funcionária da CIA, Evelyn Salt (Angelina Jolie) fez um juramento: ao dever, a honra e aos EUA.
Sua lealdade é, então, posta à prova quando um delator russo dispara que Salt, na realidade, é uma espiã russa infiltrada com planos mirabolantes de assassinar ambos os presidentes russo e norte-americano. Salt sai, então, numa desesperada fuga, armada de sua extensa habilidade como agente, tentando provar sua inocência – uma fuga atravessada a todo instante por novas evidências e um panorama, digamos, quase inesperado...
Philip Noyce [diretor de “Dead Calm”, “Colecionador de Ossos”, “Jogos Patrióticos”, “Perigo real e imediato” e “O Santo”] é notoriamente conhecido por 2 qualidades – a de criar e dirigir filmes com uma tensão primorosa e incontestável e a de abarcar temas de caráter político sem se tornar maçante e enfadonho - uma ‘paixão’ clara pela guerra fria, naturalmente.
Tendo um prêmio da academia, um globo de ouro, e outra centena de prêmios – além de uma filmografia extensa, recheada e eclética – Angelina Jolie chegou a um ponto onde pode escolher bem seus trabalhos. A rainha incontestável dos filmes de porradaria incessante, Angelina, encontrou em Noyce um parceiro à altura – ou vice-versa: “Salt” é um pouco disso tudo - roteiro, diretor e coadjuvantes escolhidos com certo critério – como o Sr. Liev Schrieber – tornando-o um filme de ação mais que razoável.
Nos E.U.A filmes com espiões e cenas de ação é como Coca-Cola - todo mundo diz que não gosta, mas todos consomem. E o melhor: seja com Jason Bourne, Ethan Hunt ou As Panteras (ou quaisquer outros genéricos), assim como a Coca, todo mundo cai em cima procurando defeito. Sim, "Salt" não passa de mais um genérico tolo sem grande profundidade, mas nem por isso deixa de ser uma proposta, como dito acima, razoável dentro de seu nicho. Quando querem, sabem fazer filmes de ação com espionagem - "Salt", escrito pelo criativo Kurt Wimmer ("Esfera", "Thomas Crown affair"), é um filme com a dignidade de um James Bond e que faz homenagem à um clássico da década de 90, “O fugitivo” com Harrison Ford.
Não passa disso. Há momentos sacais onde as balam não acertam a ‘heroína’, ela é deixada com 2 [dois] guardas patéticos, etc, etc – aquelas situações ridículas que só acontecem no cinema ‘americano’. Mesmo ancorado em um roteiro previsível mas sob certo ponto, curioso, “Salt”, é dirigido com cenas de ação para ninguém botar defeito.
É isso: cine-pipoca norte-americano, nada inovador, com Angelina Jolie (sem suar 2 gotas e sempre com uma cara linda, impecável - catálogo da Gucci) com liçença para matar, e um diretor que sabe o que está fazendo.
Cada um sabe o que quer, não?
Fica a dica! Para os 'broders' de plantão.
PS:Vale a pena conferir outros filmes de Noyce – "Blind Fury", "Sliver", "Rabbit-pro0f fence" e "A Quiet american".
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