quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"A Máquina de Abraçar" 2010


José Sanchis Sinisterra é um investigador do trabalho teatral e tem como meta 2 coisas principais: de que o teatro deve ser uma ferramenta cercada pela filosofia, pela ciencia e que para tanto é necessário um teatro diferente, que involve a platéia e que nutre na mesma um caráter investigativo e que discute juntos aos atores os personagens, o drama, etc.


Dito e feito. Uma peça de uma delicadeza e simplicidade adorável. Tanto Marina Vianna como Mariana Lima estão ótimas em cena, e ambas compõem juntas um relação médico-paciente muito crível, emocional e dificil. A paixão pelo autismo demonstrada por Marina Vianna é exaustivamente transferida ao espectador que fica ávido em conferir, escutar, ver e sentir o que a personagem de Mariana Lima tem a dizer. E assim é a peça: Momentos mágníficos trazidos por Mariana Lima como a autista Inês, onde se vê um trabalho maduro, corajoso, seguro, investigativo e provocador.

Por outro lado, arrisco dizer que a peça em si, poderia ser mais enxuta, pois não aprofunda questões do autismo e se repete um pouco na relação entre as duas.

Mas é, como dito acima, uma adorável experiência sobre o assunto, repleto de frases e pensamentos que permanecem na cabeça do espectador ao sair do teatro.
Isso é teatro - uma experiência transformadora.

Fica a dica.

PS: a última cena, a do abraço, é simplesmente impagável...

Nenhum comentário:

Postar um comentário