Konnichiwa !!! ........................................cinema e teatro, teatro e cinema.
Inaugurada a extensão do meu raciocínio perturbado, chato e (tento) sensato,.
-----------------------------------------------
Inaugurada a extensão do meu raciocínio perturbado, chato e (tento) sensato,.
-----------------------------------------------
"Do começo ao fim" narra a história de dois rapazes, Antonio (Rafael Cardoso) e Francisco (João Gabriel Vasconcelos), irmãos, que durante a infância nutriram um carinho 'diferente' um pelo outro e que adultos, embarcam numa tórrida relação amorosa.
Um tema audaz: incesto e homossexualidade. Conduzido, talvez, como uma mão trêmula...
Há, durante toda a fita, tentativas de se criar um clima triste e dramático, um onde a própria relação dos dois se empenha em trazer à tona tantos conflitos e dificuldades, além de um amor inexplicável e invejável.
Em algumas cenas é possível ver que Abranches procura trabalhar com símbolos, imagens e que procura sem diálogos, se fazer entender. Isto é fazer cinema! Ponto para o filme!
Porém, nada além de risos e gargalhadas ecoaram nas salas de cinema.
Todas as cenas conseguiram beirar o ridículo e nada tocaram os espectadores.
-> A cena em que os dois tiram a roupa depois que a mãe morre - Seria a libertação e o momento em que os dois, já adultos, iriam finalmente se tocar? Pode ser, pode não ser. O tango e a neblina? A poesia lida? A masturbação virtual? A traição? Cenas com sentido dramático mas que são dirigidas de maneira equivocada e desprovido de sutilezas - Não há, em momento algum significado e dramaticidade que dê sustentação a estas imagens (mesmo elas lindas).
O filme se trata, portanto, e somente, de imagens de homens nús, beleza física e cenas quentes, ali expostas e enquadradas gratuitamente. Há até um momento "Baywatch" onde os dois saem do mar abraçados.
O que poderia ter sido um "Segredo de Brokeback Mountain" carioca, atual e contestador, se transformou num melodrama, água com açucar sem qualquer 'turning point' dos personagens centrais - No final das contas, o drama gira em torno da partida de um deles - à trabalho - "Hein...???"
A questão do incesto é esquecida e a única mensagem que fica é a de que 2 rapazes podem ter, e tem, relações afetuosas assim como um homem e uma mulher. Grande novidade!
Os dois atores se esforçam em dar uma boa interpretação mas são impedidos de ir além devido a um texto estranho, mal escrito e inabilidade por parte do diretor - Em vários momentos cometem pequenos erros que dão a intenção errada para as cenas.
Fica como algo mais que positivo a interpretação de Julia Lemmertz - de uma riqueza de detalhes, intenções, olhares, suspiros, deixas e tudo mais que um bom ator tem para oferecer.
Em suma, "Do começo ao fim", não discute sobre o tema da homossexualidade, suas implicações ou o próprio incesto, e sim, passeia por uma estoriazinha de amor gostosinha de se ver.
Um tema ousado, forte e tão cativante que esgota-se através de diálogos sem sentido, atuações forçadas (salvo Julia Lemmert - genial!), cenas desnecessárias e uma direção, digamos, arrogante.
Tinha absolutamente tudo para dar certo - deixa apenas um trailer contestador...
O fato de se tratar de um filme de baixo orçamento não justifica em hipótese alguma a superficialidade da fita.
A fotografia de Ueli Steiger tão esperada deixa a desejar também.
A dica não ficou... do começo ao fim!
A dica nao ficou porque faltou o "meio" no titulo e no filme!!
ResponderExcluira sinopse fala de um filme sobre incesto e homossexualismo. uma bomba né?! pois é, só o diretor não enxergou isso. acaba filmando uma historia num mundo cor de rosa, (que ainda não existe), força uma barra um mostrar uma normalidade e naturalidade em relação ao tema, em que todos acham normal 2 irmãos, homens, se pegarem e não rola nem um conflito, ta tuuuudo beeem!! Fica a impressão de uma historia mamão com açucar, tipo comedia romântica com a Jennifer Aniston, em que você vê belas imagens, mas nada te toca ,nem faz pensar sobre o tema. E é só.
ResponderExcluirsuperficial ao extremo.
ResponderExcluiresse é um daqueles exemplos em que o trailer é (beeeeeeem) melhor que o filme!